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sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Alcoolismo no canteiro de obras é perigo eminente



Já virou até piada no meio, parece que “peão de obra que NÃO bebe tem algum problema”, quando deveria ser justamente ao contrário. O alcoolismo é um problema grave no mundo todo, mas no Brasil assume contornos perigosos em especial na construção civil, que lida com materiais e equipamentos caros e pesados, com risco iminente à integridade física não só do operário mas também de todos os que lá estão. 
Além da questão da segurança, o alcoolismo representa diminuição da produtividade e da qualidade das edificações. O uso do álcool é um hábito que pode virar doença, resultando em baixa produtividade, má qualidade do trabalho executado, faltas e atrasos ao serviço, discussões e brigas. Todos estes fatores podem ser indicativos do uso de álcool no trabalho. Como toda doença, o alcoolismo deve ser tratado o quanto antes, em especial na construção civil que é repleta de situações de risco, até mesmo para quem está sóbrio, imagine então para alguém que está “com umas a mais”. 

Aliás, é importante lembrar que uma única dose de bebida destilada é o suficiente para deixar a pessoa alterada: mesmo que ela não perceba os efeitos, já pode ser considerada incapacitada para as atividades, pois está muito mais sujeita a provocar ou sofrer acidentes de trabalho. 
O hábito de “tomar uma de vez em quando” acaba se tornando freqüente e pode levar facilmente ao alcoolismo, que já é considerado uma doença, caracterizada como compulsão pela bebida. O tempo vai passando e a pessoa bebe cada vez mais, não consegue ficar nem mais um dia (ou uma hora) sem ingerir álcool, sob pena de começa a sentir os sintomas da abstinência: tremores, convulsões, alucinações são apenas alguns dos sintomas que pode evoluir para o coma alcoólico e até a morte por acidente ou doença. 
O bêbado fica violento e irritadiço, prejudicando a convivência com os familiares, amigos e colegas de trabalho. Além deste lado social, o alcoólatra está sujeito a uma série de sintomas como perda de memória, raciocínio confuso, falta de coordenação motora, convulsões, dores e queimação nos braços e pernas, sem falar nas doenças ocasionadas como problemas no fígado (cirrose), coração (infarto) e no cérebro (AVC), entre outros problemas. No canteiro de obra a bebida está presente em muitos dos acidentes, pois altera a percepção e os reflexos, mesmo quando consumida em pequenas doses. 
 O alcoólatra nega que bebe. Mesmo que admita, será muito difícil aceitar que está bebendo em excesso e muito menos que é um doente. Aliás, admitir a doença é o primeiro passo para procurar ajuda e curá-la. Segundo especialistas e o que tenho observado, dificilmente um viciado em álcool, drogas, jogo ou qualquer outra coisa consegue sair do vício sozinho, sem ajuda externa. Compete a todos nós saber identificar o problema e encaminhar os doentes para tratamento. A segurança e a qualidade das obras agradecem.

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