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terça-feira, 27 de agosto de 2013

Lajes nervuradas



Uma laje nervurada é constituída por um conjunto de vigas que se cruzam, solidarizadas pela mesa. Esse elemento estrutural terá comportamento intermediário entre o de laje maciça e o de grelha.
Segundo a NBR 6118:2003, lajes nervuradas são "lajes moldadas no local ou com nervuras pré-moldadas, cuja zona de tração é constituída por nervuras entre as quais pode ser colocado material inerte."
As evoluções arquitetônicas, que forçaram o aumento dos vãos, e o alto custo das formas tornaram as lajes maciças desfavoráveis economicamente, na maioria dos casos. Surgem, como uma das alternativas, as lajes nervuradas.
Resultantes da eliminação do concreto abaixo da linha neutra, elas propiciam uma redução no peso próprio e um melhor aproveitamento do aço e do concreto. A resistência à tração é concentrada nas nervuras, e os materiais de enchimento têm como função única substituir o concreto, sem colaborar na resistência.
Essas reduções propiciam uma economia de materiais, de mão-de-obra e de fôrmas, aumentando assim a viabilidade do sistema construtivo. Além disso, o emprego de lajes nervuradas simplifica a execução e permite a industrialização, com redução de perdas e aumento da produtividade, racionalizando a construção.

CARACTERÍSTICAS DAS LAJES NERVURADAS

Serão considerados os tipos de lajes nervuradas, a presença de capitéis e de vigas-
faixa e os materiais de enchimento. As lajes nervuradas podem ser moldadas no local ou podem ser executadas com nervuras pré-moldadas.

1. Laje moldada no local:
Todas as etapas de execução são realizadas "in loco". Portanto, é necessário o uso de fôrmas e de escoramentos, além do material de enchimento. Pode-se utilizar fôrmas para substituir os materiais inertes. Essas fôrmas já são encontradas em polipropileno ou em metal, com dimensões moduladas, sendo necessário utilizar desmoldantes iguais aos empregados nas lajes maciças.

2. Laje com molduras pré-moldadas:
Nessa alternativa, as nervuras são compostas de vigotas pré-moldadas, que dispensam o uso do tabuleiro da fôrma tradicional. Essas vigotas são capazes de suportar seu peso próprio e as ações de construção, necessitando apenas de cimbramentos intermediários. Além das vigotas, essas lajes são constituídas de elementos de enchimento, que são colocados sobre os elementos pré-moldados, e também de concreto moldado no local.

3. Lajes Nervuradas com Capitéis e Vigas-faixa:
Em regiões de apoio, tem-se uma concentração de tensões transversais, podendo ocorrer ruína por punção ou por cisalhamento. Por serem mais frágeis, esses tipos de ruína devem ser evitados, garantindo-se que a ruína, caso ocorra, seja por flexão. Além disso, de acordo com o esquema estático adotado, pode ser que apareçam esforços solicitantes elevados, que necessitem de uma estrutura mais robusta.

A internet como aliada nos ramos profissionais


Hoje em dia, não dá para falar de engenharia sem falar em avanço tecnológico ou até meio ambiente. Para se tornar um bom profissional é necessário estar sempre muito bem atualizado em assuntos relacionados à sua área de trabalho.  A internet, por exemplo, é um instrumento tecnológico muito importante. Facilita a busca pelo conhecimento, ajudando, na engenharia melhorar a sua forma de se desenvolver. Podendo transformar a construção mais eficiente e segura como um todo. Como cada local da terra tem suas características, cada um irá desenvolver a tecnologia voltada para seus problemas.
A internet dissemina inovações e descobertas que ajudam na globalização, podendo se agregar com outros conhecimentos e ajuda a fortalecer a forma de construir lugares diferentes. Que por sua vez transformará o conhecimento adquirido e repassará a informação.
Hoje, a tecnologia ajuda o meio ambiente, esta, que pode e deve ser usada na engenharia. Detendo o conhecimento, é possível reutilizar o material já utilizado, usando menos matéria prima para construir e baixando o custo assim da construção.

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Composto em tinta inibe corrosão de estruturas metálicas



Um composto de cério e silanol envolvidos em cápsulas de poliestireno e colocado em tintas foi testado com sucesso para inibir a corrosão de metais. A pesquisa que testou a formulação foi realizada pelo engenheiro Fernando Cotting, na Escola Politécnica (Poli) da USP. As microcápsulas permitem que o revestimento das estruturas metálicas adquira características de autorreparação (self-healing). Uma das principais aplicações do inibidor é na proteção de dutos e tanques de armazenamento de petróleo, o que levou o estudo a receber o Prêmio Petrobrás de Tecnologia.

A pesquisa desenvolveu um sistema de encapsulamento dos inibidores de corrosão para serem colocados em tintas. “Atualmente, os inibidores costumam ser misturados diretamente com as resinas, porém eles sofrem reações químicas que impedem sua atuação e prejudicam o desempenho das tintas”, afirma a professora Idalina Vieira Aoki, da Poli, que orientou a pesquisa. 

O inibidor utiliza uma mistura de cério (-III) e um silanol, substância derivada do silício. “O cério já é utilizado no combate à corrosão, enquanto o silanol era destinado à produção de filmes”, diz Cotting. “A vantagem destes compostos é que agem em sinergia e a utilização de uma concentração menor de cério, que é pouco abundante na natureza, podendo reduzir os custos de fabricação sem afetar a eficiência do produto”. 

Emulsão múltipla 

Para encapsular o inibidor é feito um processo de emulsão múltipla. “Na primeira etapa, o composto de cério e silanol em solução aquosa é misturado com poliestireno dissolvido em solvente orgânico. 

Também é utilizado um tensoativo para garantir a estabilidade da mistura, na qual se formam micelas esféricas que servirão de ‘molde’ para a formação das futuras microcápsulas”, conta o engenheiro. “Uma vez que o poliestireno dissolvido envolve o inibidor, formando as microcápsulas, a solução passa por uma nova emulsão, com adição de mais água, que é aquecida para permitir a separação do solvente e a consolidação da parede das microcápsulas”.

As microcápsulas podem ser adicionadas à tinta durante sua fabricação ou serem disponibilizadas separadamente e misturadas antes da pintura. “Qualquer setor industrial em que a pintura seja o método utilizado para evitar a corrosão e prolongar a vida útil dos equipamentos pode utilizar o inibidor encapsulado”, ressalta a professora Idalina. “Quando a superfície metálica sofre algum tipo de impacto mecânico, as microcápsulas se rompem e a substância inibidora entra em ação”. 

Experimentos com o inibidor foram realizados em chapas de aço carbono colocadas em uma câmara de névoa salina, simulando o desgaste acelerado sofrido pelas tubulações e os tanques utilizados no transporte e armazenamento de petróleo. “Devido à grande espessura de suas paredes, as microcápsulas são mais resistentes ao sistema de pintura utilizado (airless) nessas estruturas metálicas”, aponta Idalina. “Isso permite a utilização de camadas de tinta com efeito de autorreparação, aumentando a proteção e reduzindo a frequência das interferências para manutenção no sistema de dutos de petróleo”. 

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Engenheiros e arquitetos esquecem detalhe importante em edifício europeu: OS ELEVADORES!!!



Em meio a uma crise financeira, com uma média de 40,46% da população desempregada, a Espanha resolveu criar o maior prédio residencial da União Europeia, na cidade de Benidorm.
Visando mostrar aos moradores da cidade, ao resto do país e do mundo que estavam saindo da crise financeira que atinge-os desde 2009, levantaram um prédio que no decorrer da obra houve um acréscimo de 27 pavimentos. O que os engenheiros e arquitetos não pensaram foi em quais as outras mudanças que deveriam ocorrer no Edifício Intempo ao aumentar tanto seu tamanho. Um desses itens é justamente um dos mais importantes: o elevador.
Inicialmente o projeto tinha 20 andares, e os elevadores e cálculos foram feitos apenas para esse tamanho e determinada altura. Aumentando 27 pavimentos, a maquinaria que estava prevista tornou-se insuficiente, e o prédio, que já está com 94% de sua estrutura finalizada ainda está sem solução. De acordo com o “Daily Mail, a falta só foi sentida a poucos meses da conclusão do projeto e não há espaço para construir um novo elevador e nem mesmo para colocar máquinas mais fortes para o que já está instalado suporte. Ele pode subir os 20 primeiros andares, e a quem se dispor, os outros 27 contam apenas com a ajuda de escadas.O edifício conta com duas torres que se unem nos oito últimos andares
Com o imprevisto ocorrido, os Engenheiros e Arquitetos, os mesmos que, em 2009, assinaram o projeto sem os elevadores, se demitiram, e a obra ainda está sem conclusão e nem mesmo uma solução cabível para o problema. De seus 269 apartamentos, apenas 94 já foram vendidos, o que é menos de 35% do total disponível.

Criada empresa que vai gerenciar exploração do petróleo do pré-sal


O Governo Federal criou a empresa pública que irá gerenciar a exploração do petróleo do pré-sal. 

A empresa foi denominada Empresa Brasileira de Administração de Petróleo e Gás Natural S.A., ou Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA). 

Será uma empresa pública federal, sob a forma de sociedade anônima de capital fechado, vinculada ao Ministério de Minas e Energia. O capital social inicial da PPSA é R$ 50 milhões. 

A empresa não terá responsabilidade de executar as atividades de exploração, produção e comercialização de petróleo e gás do pré-sal, ela apenas gerenciará os contratos de partilha e representará a União nos consórcios formados para a execução dos contratos. 

Segundo o decreto, a remuneração da PPSA pela gestão dos contratos de partilha de produção será estipulada pelo Ministério de Minas e Energia em função das fases de cada contrato e das dimensões dos blocos e campos, observados os princípios da eficiência e da economicidade. 

O Conselho de Administração da PPSA será formado por cinco membros, nomeados pelo presidente da República, que serão indicados pelos ministérios de Minas e Energia, da Fazenda, do Planejamento e da Casa Civil. 

O primeiro leilão sob o modelo de partilha será feito em outubro, para a exploração do Campo de Libra, na bacia de Santos, onde as estimativas são de 8 e 12 bilhões de barris de petróleo. 

"As ofertas deverão ser feitas pelas empresas nacionais que se constituirão em consórcios e as internacionais são diversas, de vários países. A Petrobras participará do consórcio vencedor, com 30%, mas não está restrita a isso. Até deve entrar no processo para aumentar sua participação," informou o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. 

O ministro disse ainda que o governo marcou um leilão para novembro para a exploração de gás de xisto. "Temos muita esperança de que o Brasil será muito produtivo. As maiores reservas estão nos EUA, China, Argentina e Brasil. Tudo tem seu tempo e estamos organizando as operações a tempo".

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Os três porquinhos - Narrado por um pai engenheiro


O filho quer dormir e pede ao pai (engenheiro) para contar uma história e ele conta a dos três Porquinhos.
Meu Filho, era uma vez três porquinhos ( P1, P2 e P3) e um Lobo Mau, por definição, LM, que vivia os atormentando.
P1 era sabido e fazia Engenharia Elétrica e já era formado em Engenharia Civil.
P2 era arquiteto e vivia em fúteis devaneios estéticos absolutamente desprovidos de cálculos rigorosos.
P3 fazia Comunicação e Expressão Visual na ECA.
LM, na Escala Oficial da ABNT, para medição da Maldade (EOMM) era Mau nível 8,75 (arredondando a partir da 3ª casa decimal para cima). LM também era um mega investidor imobiliário sem escrúpulos e cobiçava a propriedade que pertencia aos Pn (onde “n” é um número natural e varia entre 1 e 3), visto que o terreno era de boa conformidade geológica e
configuração topográfica, localizado próximo a Granja Viana.
Mas nesse promissor perímetro P1 construiu uma casa de tijolos, sensata e logicamente planejada, toda protegida e com mecanismos automáticos.
Já P2 montou uma casa de blocos articulados feitos de mogno que mais parecia um castelo lego tresloucado.
Enquanto P3 planejou no Autocad e montou ele mesmo, com barbantes e isopor como fundamentos, uma cabana de palha com teto solar, e achava aquilo “o máximo”.
Um dia, LM foi ate a propriedade dos suínos e disse, encontrando P3:
- “Uahahhahaha, corra, P3, porque vou gritar, e vou gritar e chamar o Conselho de Engenharia Civil para denunciar sua casa de palha projetada por um formando em Comunicação e Expressão Visual! “
Ao que P3 correu para sua amada cabana, mas quando chegou lá os fiscais do Conselho já haviam posto tudo abaixo. Então P3 correu para a casa de P2.
Mas quando chegou lá, encontrou LM à porta, batendo com força e gritando:- “Abra essa porta, P2, ou vou gritar, gritar e gritar e chamar o Greenpeace, para denunciar que você usou madeira nobre de áreas não-reflorestadas e areia de praia para misturar no cimento.”
Antes que P2 alcançasse a porta, esta foi posta a baixo por uma multidão ensandecida de ecos-chatos que invadiram o ambiente, vandalizaram tudo e ocuparam os destroços, pixando e entoando palavras de ordem.
Ao que segue P3 e P2 correm para a casa de P1.Quando chegaram na casa de P1, este os recebe, e os dois caem ofegantes na sala de entrada.
os três porquinhos
P1: O que houve?
P2: LM, lobo mau por definição, nível 8.75, destruiu nossas casas e desapropriou os terrenos.
P3: Não temos para onde ir. E agora, que eu farei? Sou apenas um formando em Comunicação e Expressão Visual!
Tum-tum-tum-tum-tuuummm!!!! (isto é somente uma simulação de batidas à porta, meu filho! o som correto não é esse.)
LM: P1, abra essa porta e assine este contrato de transferência de posse de imóvel, ou eu vou gritar e gritar e chamar os fiscais do Conselho de Engenharia em cima de você!!!, e se for preciso até aquele tal de Confea.
Como P1 não abria (apesar da insistência covarde do porco arquiteto e do…do… comunicador e expressivo visual) LM chamou os fiscais, e estes fizeram testes de robustez do projeto, inspeções sanitárias, projeções geomorfológicas, exames de agentes físico-estressores,
cálculos com muitas integrais, matrizes, e geometria analítica avançada, e nada acharam de errado. Então LM gritou e gritou pela segunda vez, e veio o Greenpeace, mas todo o projeto e implementação da casa de P1 era ecologicamente correta.
Cansado e esbaforido, o vilão lupino resolveu agir de forma irracional (porém super-comum nos contos de fada): ele pessoalmente escalou a casa de P1 pela parede, subiu ate a chaminé e resolveu entrar por esta, para invadir.
Mas quando ele pulou para dentro da chaminé, um dispositivo mecatrônico instalado por P1 captou sua presença por um sensor térmico e ativou uma catapulta que impulsionou com uma força de 33.300 N (Newtons) LM para cima.
Este subiu aos céus, numa trajetória parabólica estreita, alcançando o ápice, onde sua velocidade chegou a zero, a 200 metros do chão.
Agora, meu filho, antes que você pegue num repousar gostoso e o Papai te cubra com este edredom macio e quente, admitindo que a gravidade vale 9,8 m/s² e que um lobo adulto médio pese 60 kg, calcule:
a) o deslocamento no eixo “x”, tomando como referencial a chaminé.
b) a velocidade de queda de LM quando este tocou o chão e
c) o susto que o Lobo Mau tomou, num gráfico lógico que varia do 0 (repouso) ao 9 (ataque histérico).

Acessibilidade: Dever social, legal e moral


Leis e normas federais, além das municipais, dão aos responsáveis pelas edificações (de construtoras a condomínios) um amplo quadro referencial de intervenções e equipamentos indispensáveis à mobilidade e circulação dos portadores de necessidades especiais e idosos. Falta cumpri-las.
O quadro é um tanto confuso . A chamada Lei da Acessibilidade, referente ao Decreto Federal 5.296/2004, determina, em seu artigo 18, que “a construção de edificações de uso privado multifamiliar e a construção, ampliação ou reforma de edificações de uso coletivo devem atender aos preceitos da acessibilidade na interligação de todas as partes de uso comum ou abertas ao público, conforme os padrões das normas técnicas de acessibilidade da ABNT”. No caso, trata-se da NBR 9050/2004, da Associação Brasileira de Normas Técnicas. 

O mesmo artigo inclui, em parágrafo único, que devem ser acessíveis as “piscinas, andares de recreação, salão de festas e reuniões, saunas e banheiros, quadras esportivas, portarias, estacionamentos e garagens, entre outras partes das áreas internas ou externas de uso comum das edificações de uso privado multifamiliar e das de uso coletivo”.
Um artigo anterior, o de número 11, obriga a adaptação à acessibilidade somente de “edificações de uso público ou coletivo”, deixando os de natureza multifamiliar em uma espécie de limbo. Assim, quando se fala na aplicabilidade da legislação federal, em geral o entendimento comum seria o de que os condomínios residenciais estariam de fora de grande parte das obrigações (exceto pelo artigo 18).
AUTONOMIA NA MOBILIDADE
Temos muitas leis e se estivessem aplicadas, seria muito legal. Mas têm que ser implantadas em conjunto, nos condomínios residenciais, nas escolas próximas, no bem público, entre outros, pois as regras são feitas para dar autonomia e a acessibilidade deve estar integrada ao planejamento urbano.
a acessibilidade precisa transcender ao imperativo das leis e normas e dar prioridade ao atendimento às necessidades diferenciadas de circulação dos moradores e dos usuários de serviços, públicos e privados. Isso iria melhorar a qualidade de vida para todo mundo, facilitaria desde a circulação de carrinhos de bebês até de idosos.
O QUE DIZEM OS DECRETOS

DECRETO FEDERAL 5.296/2004

Art. 11. A construção, reforma ou ampliação de edificações de uso público ou coletivo, ou a mudança de destinação para estes tipos de edificação, deverão ser executadas de modo que sejam ou se tornem acessíveis à pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida.

§ 2º - Para a aprovação ou licenciamento ou emissão de certificado de conclusão de projeto arquitetônico ou urbanístico deverá ser atestado o atendimento às regras de acessibilidade previstas nas normas técnicas de acessibilidade da ABNT, na legislação específica e neste Decreto.

Art. 18. A construção de edificações de uso privado multifamiliar e a construção, ampliação ou reforma de edificações de uso coletivo devem atender aos preceitos da acessibilidade na interligação de todas as partes de uso comum ou abertas ao público, conforme os padrões dasnormas técnicas de acessibilidade da ABNT.

§ Único. Também estão sujeitos ao disposto no caput os acessos, piscinas, andares de recreação, salão de festas e reuniões, saunas e banheiros, quadras esportivas, portarias, estacionamentos e garagens, entre outras partes das áreas internas ou externas de uso comum das edificações de uso privado multifamiliar e das de uso coletivo.

DECRETO MUNICIPAL 45.122/2004 (São Paulo)

Art. 1º - As Leis nº 11.345, de 14 de abril de 1993, nº 11.424, de 30 de setembro de 1993, nº 12.815, de 6 de abril de 1999, e nº 12.821, de 7 de abril de 1999, que dispõem sobre a adequação das edificações à acessibilidade das pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida, ficam regulamentadas, de forma consolidada, nos termos deste decreto.

Art. 2º - Deverão atender às normas de adequação à acessibilidade das pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida, as edificações, novas ou existentes, destinadas aos seguintes usos:

I - cinemas, teatros, salas de concerto, casas de espetáculos e estabelecimentos bancários, com qualquer capacidade de lotação;

II - locais de reunião, com capacidade para mais de 100 (cem) pessoas, destinados a abrigar eventos geradores de público, tais como:

a) auditórios;

b) templos religiosos;

c) salões de festas ou danças;

d) ginásios ou estádios;

e) recintos para exposições ou leilões;

f) museus;

Art. 3º - Para a aprovação das edificações residenciais com categorias de uso R2-02, R3-01 e R3-02*, bem como daquelas destinadas aos usos referidos no artigo 2º deste decreto, será obrigatória a execução de rampa para vencer o desnível entre o logradouro público ou área externa e o piso correspondente à soleira de ingresso às edificações, com largura mínima de 1,20m (um metro e vinte centímetros) e inclinação até a máxima admissível na NBR 9050 da ABNT.

* Dizem respeito às habitações multifamiliares consideradas de interesse social

DIFICULDADES MAIS COMUNS DE ACESSO AOS RESIDENCIAIS


Professor universitário da área da saúde, consultor e palestrante, Humberto Alexandre Genari tornou-se cadeirante há 24 anos. Nesse período, aprendeu que para entrar nos condomínios residenciais é preciso ter a companhia de outra pessoa que o ajude a transpor degraus ou descer as rampas das garagens, bastante inclinadas e inadequadas aos cadeirantes ou até mesmo pedestres. Mas é uma das poucas chances que tem de acessar os elevadores.
O fato é que muitas construtoras acreditam que acessibilidade se baseia única e exclusivamente em rampas, então, colocam-se rampas nos lugares e pronto, parece resolvido. Mas não é bem assim e geralmente rampas servem apenas para carga e descarga e hoje alguns condomínios têm um acesso secundário para carrinho de feira, de bebês e compras, porém, a pessoa que utiliza cadeira de rodas não é uma carga! Geralmente essa rampa não permite subir ou descer sozinho, sempre se faz necessária a ajuda de outra pessoa. Porque isso acontece? Geralmente porque não querem utilizar um espaço maior para que a rampa possa ser adequada, as pessoas preferem o jardim ou algo que irá embelezar o prédio, aí sim, todos vão reparar no prédio bonito, inacessível, mas bonito.

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Engenharia de tecidos


Só em setembro de 2012, 19 mil pessoas esperavam por um rim no Brasil (Fonte: Ministério da Saúde). As filas para transplante de órgãos, aqui e no resto do mundo, são extremamente grandes, causando sofrimento intenso para pacientes e suas famílias. Mas esta situação, no que depender da engenharia de tecidos, está prestes a mudar.
O que é a engenharia de tecidos?
É uma especialização da engenharia biomédica que permite recriar, industrialmente, tecidos e órgãos sintéticos ou semissintéticos funcionais. Na prática, ela atua como um instrumento da medicina, fornecendo alternativas mais eficazes aos médicos para o tratamento de doenças graves, cujo transplante ou enxerto sejam as únicas saídas.
As vantagens de um órgão fabricado por um engenheiro de tecidos sobre um doado são, basicamente, duas. A primeira relaciona-se com o tempo, já que, enquanto um paciente espera anos por um transplante no sistema tradicional, com essa nova ciência ele esperará somente algumas semanas.
Já a segunda associa-se à rejeição do tecido doado. Mesmo quando o organismo receptor aparenta aceitar bem a nova parte nele implantada, o paciente é obrigado a tomar imunossupressores. Esses medicamentos diminuem a capacidade do corpo de reconhecer agentes estranhos, assim ele não rejeitará o tecido implantado. Contudo, isso também possibilita que doenças passem despercebidas pelas defesas do corpo e ataquem livremente.
Porém, como o órgão produzido em laboratório utiliza amostras de células do próprio paciente, não há risco de reações adversas. Logo não é preciso que ele tome imunossupressores, o que torna seu futuro muito mais saudável.
Por que a engenharia de tecidos é tão recente?
Ela começou recentemente, por volta da década de 80. Essa demora deve-se ao fato de que só nesse período que conhecimentos tidos como requisitos para essa área se tornaram suficientemente avançados. Eles são: a cultura de células e tecidos fora do organismo, a manipulação genética e os biomateriais.
Quando essa ciência será acessível a todos?
Não há previsões sobre quando todas as classes sociais poderão contar com essa poderosa arma pela vida. Contudo, a história das implantações de tecnologias medicinais mostra que a velocidade com a qual novas terapias chegam às massas é diretamente proporcional ao valor que os governos aplicam nesses programas.
Revolução no ensino e pesquisa
A Engenharia de Tecidos permitirá, num futuro próximo, que alunos da área da saúde estudem os órgãos humanos funcionando fora do corpo, o que tornará a experiência em sala de aula muito mais atrativa. A indústria de cadáveres também será desarticulada, garantindo um tratamento mais respeitoso aos mortos.

Outra área que lucrará muito será a pesquisa, principalmente farmacêutica, pois os cientistas poderão testar medicamentos em órgãos humanos sem preocupar-se com as rigorosos, porém necessárias, normas éticas, já que os experimentos serão feitos sobre tecidos individuais, e não em organismos conscientes.
Com isso, o preço dos medicamentos e o tempo necessário para desenvolvê-los serão significativamente reduzidos. Como os testes serão feitos diretamente em órgãos humanos, e não em outros animais, a segurança dos tratamentos também aumentará muito.
A Engenharia de Tecidos possui várias outras aplicações interessantes, a transformação de células comuns em células-tronco está entre elas. 

Engenharia de Resiliência


Resiliência é a capacidade de um elemento retornar ao estado inicial após sofrer influência externa. Hoje em dia não se aplica somente às Ciências Exatas, mas é um termo que se tornou adjetivo para os novos profissionais que desejam se manter atualizados e procurados pelas melhores empresas.
E não demorou muito para que este termo também se relacionasse com a Engenharia. Sendo admitido há alguns poucos anos atrás, devido a segurança em sistemas complexas não atingir o nível desejado. Portanto, este “novo” ramo da Engenharia consente que os sistemas sejam aptos a voltar ao seu estado normal após sofrer alguma oscilação/distúrbio; garantindo a segurança e melhor administração dos riscos, mesmo que as falhas ocorram.
Segundo Woods e Wreathall (2003), para as organizações que desejam ser referência em segurança, é recomendado que os indicadores abaixo sejam respeitados:
  • comprometimento do gestor em manter o equilíbrio entre produção e segurança;
  • relatar incidentes;
  • cultura de “aprendizagem organizacional” (o comportamento de cada empresa e de seus colaboradoresChiavenato, 1992);
  • capacidade de antecipação;
  •  flexibilidade da organização;
  • capacidade de percepção do que limita a realização do trabalho, segundo a teoria de Rasmussen (1997).
Nos anos 2000, a empresa Amazon desenvolveu o software GAMEDAY, o qual tem a função de aumentar propositalmente falhas maiores em sistemas complexos regularmente a fim de descobrir falhas e sutis dependências. Este programa treina o seu pessoal para respostas quando a eventos desastrosos ocorrerem.
Erik Hollnagel, um pioneiro na área de Engenharia de Resiliência, identificou os quatro pilares da Resiliência, que são:
  • antecipação
  • monitoração
  • poder de confrontar problemas
  • aprendizagem



Ondas de calor extremas vão quadruplicar até 2040


Um novo estudo sugere que as ondas de calor extremas vão tornar-se num fenômeno duas vezes mais comum em 2020 e que a sua frequência vai quadruplicar até 2040. Os cientistas concluem que o aumento da frequência destes fenômenos representa desafios de adaptação graves para a humanidade.
De acordo com os modelos de computador produzidos pelos climatologistas Dim Coumou e Alexander Robinson, as ondas de calor extremas de grau cinco – quase inexistentes hoje em dia – irão afetar cerca de 3% do planeta em 2040. A previsão já é por si assustadora, mas as coisas podem piorar ainda mais nas décadas seguintes.
Se olharmos para o curto prazo, até 2040, vemos que este aumento irá continuar e que em 2040 teremos cerca de 20% da área de terra afetada, com um aumento de quatro vezes relativamente aos dias de hoje
Este fenômeno será inevitável até meados do século. Na segunda metade do século XXI, a frequência e intensidade das ondas de calor vai depender das emissões de carbono produzidas pelo Homem. Segundo informa o Inhabitat, num cenário de baixas emissões, o número de fenômenos extremos poderá estabilizar em 2040.
Por outro lado, num cenário de aumento das emissões, as projeções mostram que, até 2100, as ondas de calor de grau três vão cobrir 85% da área terrestre do planeta e que as ondas de calor de grau cinco vão abranger cerca de 60% do território global. Eita!

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Como fabricar tijolos com maior eficiência energética



Durante a reunião anual da SBPC, pesquisadores do Instituto Nacional de Tecnologia (INT) estão mostrando como a energia pode ser melhor aproveitada e causar menos danos ao meio ambiente. 

Após beneficiar 140 indústrias cerâmicas da região do Seridó - o Seridó compreende municípios do Rio Grande do Norte e da Paraíba -, o INT vai iniciar uma nova fase de disseminação da tecnologia, expandindo sua ação a todo o Nordeste brasileiro. 

Além do melhor uso da energia, a técnica visa reduzir as emissões de carbono e diminuir o impacto ambiental da atividade, difundindo um modelo sustentável de produção de tijolos e telhas. 

A primeira ação a ser adotada durante a nova fase visa a troca dos fornos atuais das olarias e cerâmicas de pequeno porte por outros mais eficientes, de modo a promover o melhor aproveitamento do calor e a melhor qualidade da queima, reduzir as emissões e respeitar a legislação ambiental. 

Outra iniciativa consiste em fomentar o uso de ventiladores para a combustão, promovendo a economia e o controle da queima. 

Serão ainda divulgadas boas práticas, como arranjos mais eficientes das peças no interior dos fornos, correta secagem das peças e controle da temperatura. 

As ações devem abranger um universo de 800 empresas, fomentado também o uso de biomassa renovável, como lenha de manejo florestal ou de poda de cajueiro, para substituir o uso de biomassa nativa, que hoje responde por 25% do combustível queimado nas olarias. 

Embalagens evitam desperdício de frutas 

Outro trabalho que o INT expõe em seu estande na 21ª ExpoT&C, que ocorre paralelamente à reunião da SBPC, são as embalagens que reduzem as perdas de frutas. 

Com base dobrável e retornável, uma das soluções substitui os caixotes descartados nos mercados. Padronizada no comprimento e largura, com alturas e bandejas variáveis para diferentes formas de frutos, essa estrutura se empilha perfeitamente sem amassar ou abafar o conteúdo, preservando melhor as frutas. 

Há ainda caixas específicas para morangos e palmito de pupunha, que garantem a integridade desses produtos. 


O resultado final é o aumento da vida útil dos frutos em até 50% em relação às embalagens atuais.

Rússia começa a construir usinas nucleares flutuantes






Na mesma semana em que autoridades japonesas reconheceram que a radiação do que restou dos reatores de Fukushima está vazando para o Oceano Pacífico, empresários russos anunciaram que estão construindo a primeira usina nuclear flutuante do mundo. 

A ideia de construir uma usina nuclear em um navio não é nova, já tendo sido aventada pelos EUA e pela China. Mas ninguém até agora havia colocado a ideia na prática. 

A rigor, já existem usinas nucleares flutuantes em inúmeros navios e submarinos, mas bem menores do que será a Estação Flutuante Akademik Lomonosov, que está sendo construída por um dos maiores estaleiros da Rússia, o Baltiysky Zavod. 

O porta-voz do estaleiro afirmou que a usina flutuante contará com dois reatores KLT-40, já usados em propulsão naval, modificados para gerar 70 MW de eletricidade ou 300 MW de calor, o que é suficiente para abastecer uma cidade com 200.000 habitantes. 

Outra possibilidade de utilização da energia gerada será na dessalinização - a usina poderia garantir o fornecimento de 240.000 metros cúbicos de água potável por dia. 

Usina flutuante sem propulsão 

Este será o primeiro navio de uma frota de usinas flutuantes, cada uma com 21.500 toneladas, que deverão ser usadas para abastecer as regiões mais remotas da Rússia, próximas ao Ártico. 

Segundo o porta-voz, as usinas flutuantes serão à prova de tsunamis e poderão suportar colisões com outros navios ou com a terra. 

A embarcação, contudo, que terá uma tripulação de 69 operários, não será um navio propriamente dito. 

Mesmo com tanta energia, ela não terá propulsão própria, significando que deverá ser rebocada ao local onde deverá operar - o que significa também que não poderá se deslocar em situações de emergência. 

A França foi mais longe, e decidiu não se preocupar com riscos de afundamento de suas usinas no mar. Para isso, o país tem um projeto de construir usinas nucleares submarinas, já devidamente afundadas. 

Segundo o porta-voz do estaleiro russo, 15 países já demonstraram interesse em adquirir usinas nucleares flutuantes, entre os quais a Argentina, Argélia, Cabo Verde, Indonésia, Malásia e China.

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Na palma da mão





Aplicativos de TI para tablets e smartphones ajudam a gerenciar obras em tempo real
Se ferramentas integradas de Tecnologia da Informação (TI) já são vistas como grandes aliadas da gestão empresarial, a mobilidade dos tablets e smartphones só facilita ainda mais a padronização de processos técnicos e executivos, de controle de preços, prazos e qualidade, em médias e grandes obras.

Através de aplicativos, dados são coletados no canteiro e disponibilizados, em tempo real, a sistemas interligados pela rede, permitindo acesso e análise imediatos por administradores da obra.

O avanço dos recursos de TI possibilita integrar informações, como resultados financeiros do empreendimento, cadastro de clientes, vendas de unidades e recebimento ou pagamento de contas. “Pagamentos de fornecedores, solicitação e recebimento de materiais de construção e avanço físico da obra”.
Um dos pontos críticos da gestão de obras está no controle e disponibilização dos materiais. O acesso a informações certas, no tempo certo, evita que equipes de execução fiquem ociosas, aumentando a produtividade. 

Acompanhamentos contínuos dessas informações também auxiliam na rápida tomada de decisões.

O sistema OROweb (Qualidade Real da Obra), utilizado pela Unidade de Qualidade e Processos do Centro de Tecnologia de Edificações (CTE), é exemplo desses aplicativos. Desenvolvido em parceria com o AutoDoc (desenvolvedor de aplicativos de TI para a construção civil), o recurso coleta dados durante as inspeções de qualidade de cada etapa dos serviços executados.

Por meio do aplicativo instalado em tablets e smartphones, informações são transferidas para a plataforma online, onde podem ser visualizadas e analisadas com o objetivo de gerar indicadores de qualidade para estruturas, alvenarias, contrapiso e revestimentos cerâmicos.

Os indicadores podem ser comparados mês a mês, possibilitando a melhoria de processos e controle da obra. “O sistema proporciona, ainda, a geração de relatórios e planos de ação para o acompanhamento das correções de falhas detectadas, e o estudo das causas desses problemas. A ideia é definir ações que impeçam a sua reincidência e custos de retrabalho”.


Lugar de mulher é na engenharia





O Brasil está longe de ter uma cultura isenta de preconceitos e isso se reflete no campo das profissões. Há, por exemplo, mais homens do que mulheres ocupando cargos executivos, apesar de haver mais mulheres nos cursos superiores.
Historicamente, o ingresso das mulheres no ensino superior ocorreu a partir de uma ideia, que separava homens e mulheres por supostas tendências naturais e instintivas quanto a suas capacidades e interesses.
Dessa forma profissões ligadas ao cuidado dos outros, seriam “naturalmente” femininas, enquanto aquelas ligadas à administração da produção ou dos processos sociais mais amplos como engenharia, direito, processos informatizados, seriam mais próprias aos homens em função de suas características “naturais”.

Infelizmente ainda existem obstáculos que precisam ser combatidos. Por exemplo, em média, homens são mais bem remunerados e têm mais chances de assumir cargos mais elevados quando comparados com as mulheres.
Tais fatos devem motivá-la a ampliar sua liberdade de escolha e lutar contra os obstáculos. Se não fosse assim, as mulheres não teriam conquistado avanços no mercado de trabalho e na vida social em geral.
Que a mulher não tem jeito para a área da Mecânica, da Elétrica, Naval, Civil, Minas, que a mulher não nasceu para fazer cálculos e usar o raciocínio lógico? Não acreditamos nisso! Lugar de mulher é na Engenharia. Hoje somos motivo de curiosidade dentro e fora da faculdade e acredito que vai ser sempre assim, confesso que eu gosto dessa situação e admiro muito minhas colegas de profissão e as estudantes que encontro. Eu gosto dessa situação porque eu sei que um profissional bem capacitado e responsável pode conquistar respeito de seus pares e subordinados e também alcançar o cargo que tanto almeja.
As coisas na história não ficam paradas, a história muda. Não podemos negar que o preconceito existe, sua opção será enfrentá-lo ou não. Se for isso que realmente deseja, faça acontecer!


sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Porque tantos estudantes largam o curso de engenharia?



Com o baixo nível de tecnologia ao ser comparado aos países desenvolvidos, e com o grande atraso no qual o Brasil se encontra, a grande solução centra-se em engenheiros com boa qualificação. Milhares de pessoas ingressam nas faculdades todos os anos, mas números indicam que menos de 50% dos ingressantes em cursos de especialização em engenharia está também nos números de concluintes, o que preocupa e influencia diretamente no crescimento do país.

O curso de engenharia em si não é fácil, todos, estudantes ou não, sabem disso. Por tal motivo é necessário que tenha à disposição um tempo maior para dedicar-se, além de um nível básico de conhecimentos. É preocupante ver que nada menos do que 57,4% dos alunos desistem de terminar o que iniciaram. Muitos mudam para Administração, direito, e outras matérias que não sejam baseadas em tantos cálculos ainda no segundo ou terceiro períodos. Uma saída precoce, tendo em vista que nem mesmo as matérias específicas foram cursadas.

Não precisa pesquisar muito para chegar à conclusão de que há um enorme e profundo abismo entre a educação básica e superior brasileiras. Os alunos chegam sem base alguma para pegar, de cara, as matérias de aprofundamento, como cálculo e física. Algumas faculdades ainda oferecem as disciplinas introdutórias de pré-cálculo e pré-física, mas mesmo assim há um grande desnível, atingindo também um alto índice de reprovação em tais matérias.

Um professor da faculdade de engenharia Franklin W. Olin, chamado Richard K. Miller, apresentou uma possível solução para os problemas com formação em matemática: ”Matemática pode ser frustrante. Você começa a trabalhar em um problema e para em uma dificuldade. Se você tem uma pequena equipe, quando encontrar uma dificuldade, você pode ultrapassá-la.” Sim, o grupo de estudos é uma ótima forma de superar dificuldades.

Porém, esse abismo não é o único problema. As universidades privadas de qualidade mínima exigida pelo MEC tem valores altíssimos para os cursos de engenharia, e alguns dos alunos não têm condição de estar mantendo a mensalidade sem emprego, o que leva a um regime integral e uma jornada intensa de trabalho, estudos dentro da faculdade e os estudos em casa, que são imprescindíveis para o rendimento mínimo esperado de um aluno, não sobrando tempo para a alternativa encontrada por Miller, por exemplo. O governo tem sistemas de integração que tornam possível a realização desse sonho, que é ter um diploma de nível superior, porém as vagas são limitadas e não atendem à todos os públicos.

Outro motivo é a escolha precoce do curso. Os alunos saem cada vez mais cedo do ensino médio e tendem a escolher não o que querem, mas o que acham por causa de influência. Chegando lá e após alguns anos com quedas e aprendizados, o aluno percebe que não é aquilo que quer e perde novamente alguns meses, até anos, de sua vida descobrindo e se preparando para mudar totalmente o rumo de sua profissão.

Há sim casos que fogem as regras e somente aumentam a tese de que o grande problema está na educação básica: O ITA (Instituto Tecnológico da Aeronáutica) e o IME (Instituto Militar de Engenharia), duas das melhores faculdades na área da engenharia no Brasil, computam uma evasão que não ultrapassa os 5%. Conhecida pelos seus vestibulares com altíssima complexidade, as duas instituições reúnem os melhores alunos de todo o país, e eles sim estão preparados para enfrentar grandes desafios.


E você? Vai se deixar abater e fazer parte dos desistentes ou fará de tudo para entrar no seleto grupo de Engenheiros do Futuro do Brasil? O mercado está à todo vapor, vão perder essa chance?

Engenharia Ambiental


É o ramo da engenharia voltado para o desenvolvimento econômico sustentável, que respeita os limites de exploração dos recursos naturais, e para o projeto, a construção, a ampliação e a operação de sistemas de água e esgoto. O engenheiro que atua nessa área desenvolve e aplica as mais diferentes tecnologias para proteger o ambiente dos danos causados pelas atividades humanas. Sua principal função é preservar a qualidade da água, do ar e do solo.

Para isso, planeja, coordena e administra redes de distribuição de água e estações de tratamento de esgoto e supervisiona a coleta e o descarte do lixo. Também avalia o impacto de grandes obras sobre o meio ambiente, para prevenir a poluição de mananciais, rios e represas. Esse profissional é responsável pela prevenção contra a poluição causada por indústrias. Em agências de meio ambiente e em polos industriais, controla, previne e trata a poluição atmosférica. Pode, ainda, monitorar o ambiente marinho e costeiro, atuando na prevenção e no controle de erosões em praias. 

Quem se forma, tem a contrapartida. Pesquisas apontam que a profissão é uma das mais promissoras do futuro e a crescente onda da preocupação ecológica cria novos nichos de mercado e oferta de vagas. A  divulgação dos problemas ambientais tem contribuído muito para que haja maior procura pelo profissional.

Inúmeros ramos do conhecimento e do saber humano abordam aspectos da questão ambiental. Neste contexto, o papel do engenheiro é o de minimizar os impactos causados pelo homem à natureza, utilizando-se dos conhecimentos das ciências. Enquanto o cientista busca o conhecimento, o engenheiro é formado para buscar a solução.

A contribuição do Engenheiro Ambiental deverá ser orientada para uma concepção mais consciente de obras e soluções adequadas ao ecossistema, minimizando assim o impacto ao Meio Ambiente.
Algumas das áreas de atuação do engenheiro ambiental são:
·        ·Análises de riscos ambientais
·        ·Auditorias e diagnósticos ambientais
·        ·Avaliação de impactos ambientais
·        ·Contabilidade ambiental
·        ·Controle de qualidade ambiental - sistemas de monitoramento e vigilância
·        ·Detecção remota aplicada a ambiente e ordenamento do território
·        ·Análise do ciclo de vida
·        ·Educação e sensibilização ambiental
·        ·Geologia Ambiental
·        ·Gestão ambiental
·        ·Gestão de recursos naturais e conservação da natureza (Meio Urbano, Rural e Costeiro)
·        ·Gestão de resíduos sólidos
·        ·Licenciamento Ambiental
·        ·Modelagem ambiental
·        ·Ordenamento do território (uso do solo), planejamento regional e urbano
·        ·Planejamento energético e energias renováveis
·        ·Poluição da água, poluição atmosférica, poluição do solo e ruído
·        ·Redes de saneamento, (tratamento de água e de efluentes)
·        ·Emissários submarinos e sub-fluviais
·        ·Hidrologia e hidrogeologia
·        ·Remediação de Áreas Degradadas
·        ·Regulamentação e normalização ambiental
·        ·Seguros e ambiente
·        ·Sistemas de informação ambiental
·        ·Tecnologia/Produção limpa
·        ·Tratamento de águas residuárias e de abastecimento
·        ·Redução e controle das emissões de material particulado(poluição atmosférica).