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segunda-feira, 2 de setembro de 2013

A Construção Energeticamente Eficiente: Aquecimento e Resfriamento Passivos


Uma forma de aumentar a eficiência energética em uma casa ou edifício é usar técnicas de aquecimento e resfriamento passivos. Essas técnicas aproveitam coisas como o calor da luz solar, a sombra das árvores, correntes de ar dentro de um prédio e brisas do lado de fora, além da capacidade dos materiais sólidos (incluindo o solo) de reter calor da luz solar direta ou permanecer fresco sob a sombra. Técnicas passivas foram usadas ao longo de toda a história. Porém, à medida em que desenvolvemos formas de aquecer os ambientes, usando lareiras e, mais tarde, aquecimento e resfriamento central, as técnicas passivas foram ignoradas. Contudo, as crescentes preocupações em relação às emissões de dióxido de carbono (CO2) pela produção de calor ou eletricidade a partir da queima de combustíveis fósseis trouxe o ressurgimento do interesse em métodos de aquecimento e resfriamento que têm impacto mínimo sobre o meio ambiente e o aquecimento global.
Uma casa passiva usa o mínimo possível de energia externa para aquecer e resfriar seu interior. Não é fácil conseguir uma casa totalmente passiva. Construir do zero em uma boa localidade, com acesso ou espaço para uma fonte alternativa de energia - como painéis solares, moinhos de vento ou aerogeradores - é muito raro. Essas casas passivas são únicas. Porém, várias técnicas passivas podem ser incluídas em casas mais típicas, especialmente em climas mais amenos, sem longos períodos de calor ou frio intensos.
Para aumentar a eficiência energética, muitas pessoas buscaram as técnicas antigas de aquecimento e resfriamento passivos. Os antigos gregos e romanos e os povos indígenas dos Estados Unidos sabiam como posicionar suas construções de forma que as partes mais usadas ficassem voltadas para o equador, onde teriam o máximo de luz solar ao longo do dia. Materiais como pedra e fardos de palha cobertos de adobe absorviam o calor do Sol, liberando-o durante as noites mais frias.
Os arquitetos também acharam interessante observar modelos naturais de aquecimento e resfriamento passivos. Um exemplo incomum do que chamamos de "arquitetura sustentável" é o Eastgate Centre, em Harare, no Zimbábue. Esse complexo de lojas e escritórios é popularmente conhecido como Edifício Cupim, pois utiliza os mesmos princípios de aquecimento e resfriamento que os montes de cupins.
Espécies de cupins na África constroem montes que se mantêm a uma temperatura constante de 30 °C a fim de alimentar o alimento que eles consomem (um fungo). Isso é incrível, porque a temperatura externa pode chegar a 40 °C durante o dia e cair para 1 °C à noite. Como os cupins conseguem essa temperatura constante? Eles criam brisas de ventilação, que entram pela base do monte e descem por câmeras resfriadas por lama úmida trazida dos lençóis aquáticos subterrâneos. O ar, então, sobe através de um escape até o pico. Durante todo o dia, os cupins cavam novas aberturas e tampam as antigas, para regular a temperatura.

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