Há algum tempo, a presidente Dilma iniciou o processo para
importação de médicos, o que tem gerado certa polêmica, já que, com essa
medida, poderá ocorrer a desvalorização dos profissionais aqui formados,
além de gerar concorrência, mesmo que esta seja vista por muitos como algo
positivo. Bem, se você engenheiro, ou futuro engenheiro, questionou essa
situação, saiba que o mesmo pode ocorrer para a sua área.
Você pode estar pensando na razão pela qual o governo cogitou
essa situação para os médicos, por exemplo. Bem, a justificativa mais plausível
é o fato de médicos brasileiros não aceitarem trabalhar em áreas precárias,
como o sertão. Logo, obviamente, a tendência é que, se isso continuar da mesma
maneira, a situação só se agrave nessas áreas. Então, a solução foi dada: vamos
importar.
Ainda sobre os médicos, estes não trabalhariam no Brasil
facilmente. Discutiram sobre um possível exame cuja aprovação renderia o
emprego, já que em outros países julga-se cursos de medicinas como “menos
concorridos” e com maior chance de formação. Lula, ex-presidente, não gostou
dessa ideia, alegando que apenas 27% dos médicos brasileiros são aprovados em
exames aplicados pelo conselho regional de medicina.
A ideia de importar engenheiros segue o mesmo padrão de
raciocínio: melhorar o país de certa forma. Se na área da saúde as áreas
precárias sofreriam avanços, para ministros, medida poderia chegar a
impulsionar o crescimento econômico do nosso país.
Enquanto
na saúde faltam profissionais dispostos a trabalhar em áreas pobres, nas
prefeituras faltam especialistas dispostos a trabalhar na elaboração de projetos
básico e executivo.
O que isso transparece? Que não é suficiente o número de
profissionais que se formam na nossa área. Um exemplo é o Maranhão, local no
qual menos abriga esse tipo de profissional.
O
governo faz a sua parte através do “Ciências Sem Fronteiras”, onde o objetivo é
que a pessoa traga experiência e especialização na sua volta ao Brasil.
Países desenvolvidos como Suíça, Canadá e Nova Zelândia
apresentam 20% de suas populações formadas por imigrantes. Já no Brasil, a
porcentagem cai para 0,3%. Resta ser inteligente na hora de importar, buscando
pessoas qualificadas (o que pode ser comprovado através de inúmeros testes) e
que só venham para acrescer.
É lógico que esse desejo da importação não agrada a todos. O
que você pensa sobre isso? Aquele camarada estrangeiro poderia roubar uma
possível vaga de emprego sua? Tal medida acarretaria mesmo na desvalorização de
nossos “frutos” nacionais?
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